Os peixes palhaço possuem a capacidade de alternar seu sexo. Ficam em
pequenas colônias. Se ocorrer o fato de nenhum dos peixes ser fêmea, para que
se reproduzam, um macho, geralmente o maior, muda de sexo para dar continuidade
à espécie. Em relação a esta reversão sexual, é interessante destacar que é uma
transformação hormonal e ocorre de acordo com a necessidade da colônia ou do
local em que eles se encontram.
A hierarquia social dos peixes Amphiprion determina que o exemplar dominante se desenvolva como
fêmea e o segundo dominante, se torne macho; qualquer exemplar adicional se
manterá sexualmente imaturo em forma juvenil. Isso deve ao fato de que os
peixes palhaço não possuem cromossomos X e Y como os mamíferos. Um mecanismo de
gatilho determina a mistura hormonal. Sem o estimulo sensorial específico para
o amadurecimento sexual, as formas juvenis permanecem pequenas e com
compromisso submisso. Se houver necessidade de um macho no ambiente, os nervos
sensoriais de um peixe juvenil estimulam seu hipotálamo a secretar hormônios
que determinam o crescimento, o aumento da agressividade e o desenvolvimento em
macho funcional. Esse peixe, uma vez convertido em macho, não retornará à forma
imatura novamente, mas poderá se tornar uma fêmea, caso necessário. O mecanismo
exato não está claro, mas é possível que sinais elétricos de nervos sensoriais
iniciem a conversão de testosterona em estrógeno que determina maior desenvolvimento
corporal, maior agressividade e desenvolvimento de ovários. O peixe convertido
em fêmea funcional nunca se tornará um macho funcional. Se no momento, houver
necessidade de um macho, outro exemplar juvenil formará um novo macho. A
conversão de gênero pode estar completa em um mês ou menos e tal mecanismo é
dito hermafroditismo protândrico.

Nenhum comentário:
Postar um comentário