terça-feira, 15 de maio de 2012

Peixe palhaço: Alternância de sexo


Os peixes palhaço possuem a capacidade de alternar seu sexo. Ficam em pequenas colônias. Se ocorrer o fato de nenhum dos peixes ser fêmea, para que se reproduzam, um macho, geralmente o maior, muda de sexo para dar continuidade à espécie. Em relação a esta reversão sexual, é interessante destacar que é uma transformação hormonal e ocorre de acordo com a necessidade da colônia ou do local em que eles se encontram.

A hierarquia social dos peixes Amphiprion determina que o exemplar dominante se desenvolva como fêmea e o segundo dominante, se torne macho; qualquer exemplar adicional se manterá sexualmente imaturo em forma juvenil. Isso deve ao fato de que os peixes palhaço não possuem cromossomos X e Y como os mamíferos. Um mecanismo de gatilho determina a mistura hormonal. Sem o estimulo sensorial específico para o amadurecimento sexual, as formas juvenis permanecem pequenas e com compromisso submisso. Se houver necessidade de um macho no ambiente, os nervos sensoriais de um peixe juvenil estimulam seu hipotálamo a secretar hormônios que determinam o crescimento, o aumento da agressividade e o desenvolvimento em macho funcional. Esse peixe, uma vez convertido em macho, não retornará à forma imatura novamente, mas poderá se tornar uma fêmea, caso necessário. O mecanismo exato não está claro, mas é possível que sinais elétricos de nervos sensoriais iniciem a conversão de testosterona em estrógeno que determina maior desenvolvimento corporal, maior agressividade e desenvolvimento de ovários. O peixe convertido em fêmea funcional nunca se tornará um macho funcional. Se no momento, houver necessidade de um macho, outro exemplar juvenil formará um novo macho. A conversão de gênero pode estar completa em um mês ou menos e tal mecanismo é dito hermafroditismo protândrico.

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