Na realidade, este blog dará, inicialmente, uma visão superficial sobre
os peixes. Após essa conceituação, focará na espécie Amphiprion (os famosos peixes palhaços),
pertencente à classe Osteichthyes.
Características e curiosidades sobre essa espécie tão “engraçadinha” serão expostas
de modo que você possa conhecê-lo melhor.
O PEIXE-PALHAÇO possui cor alaranjada e riscas brancas ou azuladas. O seu nome vem do jeito desajeitado de nadar. Vive nas águas tropicais e é da família pomacentridae.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Peixes: uma visão superficial
Os
peixes atuais estão separados em duas classes: os tubarões e raias na classe
Chondrichthyes, com esqueleto cartilaginoso, e outros peixes similares da
classe Osteichthyes, que possuem um esqueleto ossificado, pelo menos em parte.
As características distintas das classes existentes são resumidas a seguir.
Chondrichthyes
Raia
. São geralmente marinhos.
. Pele revestida por escamas espinhosas chamadas escamas placoides.
. Respiração exclusivamente branquial.
. Possuem boca ventral.
. Coração bicavitário e circulação simples e completa.
. São heterotermicos ou pecilotérmicos.
. Não possuem linha lateral.
. Possuem cloaca.
. Dióicos e de fecundação geralmente interna.
. São heterotermicos ou pecilotérmicos.
. Não possuem linha lateral.
. Possuem cloaca.
. Dióicos e de fecundação geralmente interna.
. São ovovivíparos.
Osteichthyes
Peixes palhaço
. Vivem em águas doces, salgadas e algumas espécies possuem adaptações para viver fora da água por um período de tempo.
. Pele com glândulas mucosa e revestida por escamas circulares.
. Respiração branquial.
. Possuem boca anterior.
. Coração bicavitário e circulação simples e completa.
. Possuem bexiga natatória que funciona como reservatório de ar para auxiliar na flutuação do animal.
. Possuem boca anterior.
. Coração bicavitário e circulação simples e completa.
. Possuem bexiga natatória que funciona como reservatório de ar para auxiliar na flutuação do animal.
. Grande maioria dióica, ovípara e de fecundação interna,
embora haja espécies de com fecundação interna e outras hermafroditas.
Peixe palhaço: Geral
Nome
Comum: Peixe palhaço
Gêneros: Amphiprion, que possui 28
espécies, e Premnas, que possui
apenas uma espécie classificada peixe palhaço.
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes
Ordem: Perciformes
Família: Pomacentridae
Esses simpáticos peixinhos pesam, no máximo, 150 g
e têm cerca de 5 a 8 cm de comprimento, em média, mas podem atingir até 12 cm. Vivem
em ambientes com temperatura entre 24 e 30 ºC, em fundo de pedras, apropriado
para a manutenção de anêmonas gigantes.
As inúmeras espécies que variam de peixes com uma a quatro riscas
e do amarelo ao laranja-escuro e do vermelho ao preto. A nadadeira dorsal,
a ventral e a anal também são de cores variadas dependendo da espécie. Já as
peitorais, a caudal e o focinho são laranja ou amareladas.
As espécies mais conhecidas são o Palhaço Tomate, o Palhaço Comum
(Ocellaris), o Palhaço Sebae e o Palhaço Marrom e todas sobrevivem em cativeiro
sem grandes dificuldades.
Seu habitat natural são as águas tropicais e subtropicais,
principalmente os recifes de corais.
Peixe palhaço: Parceria com as Anêmonas
Apesar da aparência inofensiva, a Anêmona, morada e guardiã do
nosso protagonista, possui células na ponta dos tentáculos, que queimam e
paralisam os peixes, para, em seguida, devorá-los. O peixe palhaço, porém, é
imune ao seu veneno (graças ao muco que o reveste) e, assim, eles fazem uma
ótima parceria. Em troca do auxílio, o peixe palhaço dá a Anêmona o
resto do seu alimento. Além disso, faz a limpeza da mesma retirando possíveis
parasitas, sujeira e pele morta.
Existem 1.000
espécies de anêmonas, onde 10 fazem simbiose com os palhaços, sendo 29 espécies
de palhaços temos 290 combinações diferentes de simbioses. Com seus tentáculos,
as anêmonas barram os predadores naturais desse peixinho, como o Garoupas,
Trigger Fish (Balistoides conpicillum), Moréias e Lyon Fish.
O peixe palhaço
também desova na Anêmona, não em seu tecido, mas na superfície dura onde a
mesma está fixada. Em geral eles desovam duas vezes no mês, onde protegem os
embriões de forma agressiva.
Nesse trecho do
filme Procurando Nemo pode-se observar onde ocorre sua desova, a proteção dos
embriões e ainda essa relação entre a anêmona e o peixe palhaço.
Peixe palhaço: Alternância de sexo
Os peixes palhaço possuem a capacidade de alternar seu sexo. Ficam em
pequenas colônias. Se ocorrer o fato de nenhum dos peixes ser fêmea, para que
se reproduzam, um macho, geralmente o maior, muda de sexo para dar continuidade
à espécie. Em relação a esta reversão sexual, é interessante destacar que é uma
transformação hormonal e ocorre de acordo com a necessidade da colônia ou do
local em que eles se encontram.
A hierarquia social dos peixes Amphiprion determina que o exemplar dominante se desenvolva como
fêmea e o segundo dominante, se torne macho; qualquer exemplar adicional se
manterá sexualmente imaturo em forma juvenil. Isso deve ao fato de que os
peixes palhaço não possuem cromossomos X e Y como os mamíferos. Um mecanismo de
gatilho determina a mistura hormonal. Sem o estimulo sensorial específico para
o amadurecimento sexual, as formas juvenis permanecem pequenas e com
compromisso submisso. Se houver necessidade de um macho no ambiente, os nervos
sensoriais de um peixe juvenil estimulam seu hipotálamo a secretar hormônios
que determinam o crescimento, o aumento da agressividade e o desenvolvimento em
macho funcional. Esse peixe, uma vez convertido em macho, não retornará à forma
imatura novamente, mas poderá se tornar uma fêmea, caso necessário. O mecanismo
exato não está claro, mas é possível que sinais elétricos de nervos sensoriais
iniciem a conversão de testosterona em estrógeno que determina maior desenvolvimento
corporal, maior agressividade e desenvolvimento de ovários. O peixe convertido
em fêmea funcional nunca se tornará um macho funcional. Se no momento, houver
necessidade de um macho, outro exemplar juvenil formará um novo macho. A
conversão de gênero pode estar completa em um mês ou menos e tal mecanismo é
dito hermafroditismo protândrico.
Peixe Palhaço: Ciclo de vida
Os peixes palhaço aparentemente são monogâmicos. Os casais
de Amphiprion se unem por toda a
vida.
Em uma anêmona há um casal dominante e alguns juvenis, se a
fêmea morrer o macho vira fêmea, tomando seu lugar, e um dos juvenis vira o
macho dominante.
Durante a desova, a fêmea expõe seu aparelho ovopositor, o
qual se assemelha a um ducto, localizado anteriormente à nadadeira anal. A
postura é feita sobre a superfície escolhida (onde a anêmona está fixada),
seguida da aproximação do macho para fertilização dos ovos. Cada postura inclui
entre 400 e 1500 ovos.
Após a postura, o macho assume o papel principal no cuidado
com os ovos, basicamente aeração e a fêmea mantém a função de proteção.
Após eclodirem as larvas vão para a superfície levadas pela
água, e ficam por volta de duas semanas, em forma de phytoplânkton.
Depois de virar um alevino com menos de 1 cm retorna ao
recife, e precisa achar uma anêmona que o aceite para dar continuidade ao ciclo
da vida. Se isso não acontecer em um ou dois dias o peixe morrerá.
O alevino se desenvolve em seu novo “alojamento”, a anêmona,
até se tornar juvenil.
Peixe palhaço: Sons
A espécie se comunica por uma série de estampidos e gorjeios
que só agora foram devidamente compreendidos pelos cientistas.
Os sons dos peixes palhaço, usados tanto na hora da
reprodução, foram registrados pela primeira vez em 1930. Os barulhos que a
espécie faz são formados por oito tipos de “pulsos” diferentes, que não correspondem
com nada que já tinha sido visto em outros peixes. Por isso, os cientistas
liderados por Anthony Herrel, da Universidade da Antuérpia, na Bélgica,
resolveram mergulhar fundo nesse mistério. Eles estudaram os movimentos que os
peixes palhaço faziam quando se comunicavam e descobriram que os sons vinham de
um par de tendões que, aparentemente, são exclusivos da família que inclui a
espécie. Eles abrem a boca ao levantar as cabeças e abaixar um mecanismo que
segura a língua. Quando a boca abre, esses tendões são esticados até o ponto de
fazerem um estalo, forçando a boca a fechar e os dentes a baterem.
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